sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ciclismo: mobilidade e sustentabilidade

   Em um período histórico contemporâneo, que clama por sustentabilidade, não somente no âmbito das questões ambientais, mas principalmente sociais, considero relevante a questão dos meios de transporte. A bicicleta ao meu ver é um meio de transporte, fonte de lazer e intrumento de práticas esportivas profissionais e amadoras; por tais atributos, a considero preponderante para contribuir como um ícone de mobilidade com sustentabilidade, focando a promoção da saúde pública e a reversão do processo de superlotação das vias públicas por parte de veículos automotores, bem como do comprometimento da vitalidade atmosférica em decorrência dos gases poluentes emitidos pelos tais.
A argumentação preambular se interrelaciona com duas fontes de informações, citadas no post scriptum, que abordam a questão ciclística e são expressivas no sentido de contrastar dois caminhos de duas localidades paulistas distintas, constituídas por suas peculiaridades mas com filosofias práticas de sustentabilidade destoantes e desproporcionais. A cidade de Campinas, pujante, desenvolvida e expressiva metrópole interiorana paulista dispõe para sua população, composta por mais de 1 milhão de habitantes, de aproximadamente 15,7 km de ciclofaixas e 4 km de ciclovias... números incompatíveis com o porte e o perfil da cidade. Já Sorocaba, cidade paulista de menor porte mas com postura ideológica de sustentabilidade efetivamente presente em grande medida no cotidiano do município, partindo da esfera social e encontrando acolhida no âmbito político-administrativo. Há de se considerar o princípio da isonomia, tão celebrada como pilar constitucional, afinal, os ciclistas também têm direitos de utilização das pistas de rolamento, das quais atualmente praticamente só motoristas de veículos automotores podem desfrutar...
Minha concepção sobre as questões de sustentabilidade e saúde pública, também está evidenciada no artigo intitulado "Investimento Alimentar" e no projeto "Refluxo Migratório", ambos constantes neste meu perfil do Recanto das Letras. Portanto, intertextualizando a presente argumentação, convido o leitor engajado nessa causa ciclística, a ponderar e externar junto às autoridades suas ideias, ideais e anseios por localidades melhor estruturadas em mobilidade. Este autor promoverá o encaminhamento deste artigo à determinadas autoridades e ciclistas, para que bons frutos se originem desse empenho pelo movimento inercial em cadeia... quiçá sejam elaborados abaixo-assinados para alicerçar as reivindicações pela ampliação das ciclovias!

CARLOS AUGUSTO DE MATOS BERNARDO

POST SCRIPTUM:
"Considerado um modelo nacional nas áreas de mobilidade urbana e qualidade de vida, o Plano Cicloviário de Sorocaba avançará em breve em mais uma etapa. Por determinação do prefeito Vitor Lippi, nestes próximos dias, a Prefeitura inicia a construção de mais 15 km, completando uma rede de 80 km. As obras serão desenvolvidas em avenidas de diferentes regiões, além de iniciar o processo de interligação das ciclovias aos parques da cidade, beneficiando a todos que pedalam, seja para quem vai ao trabalho, para o lazer ou para a prática de atividades físicas."
(...)
"Em 2009, o projeto garantiu a Sorocaba destaque durante o prêmio “Município Verde Azul”, com o prêmio especial “Agir Localmente, Pensar Globalmente”, pela maior rede de ciclovias do Estado. A cidade ainda se destacou como a maior nota entre os municípios de São Paulo com mais de 100 mil habitantes."

Fonte: EMDEC - Campinas
- Ciclovias e ciclofaixas já implantadas em Campinas:
Lagoa do Taquaral - ciclofaixa com 6,5 km de extensão
Barão Geraldo – 1 km de ciclovia; e 3 km de ciclofaixa
Amarais - ciclofaixa com 5 km de extensão
Barão do Café - ciclofaixa com 1,2 km de extensão
Pq. Linear Dom Pedro - ciclovia com 3 km de extensão
Total: 19,7 km de extensão, sendo 15,7 km de ciclofaixa; e 4 km de ciclovia.

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